12 de outubro, dia das Crianças

 Por Jaime Vieira

Apesar de que, em muitos lares, crianças ficam felizes com os brinquedos recebidos, dados por seus pais com tanto carinho e amor, temos em muitos outros lares o mais triste retrato do sofrimento e da dor da falta de recursos materiais, do carinho, do amor, da atenção.

Tenho filho e, sendo pai, consigo ver a importância que um pai tem para um filho. Com o passar dos anos, percebo como nos tornamos indiferentes a estas datas, tão carregadas de significações e sonhos pelos pequeninos.

E nos lares onde os pais não dispõem de renda para presentear um filho, será que conseguem suprir a necessidade dos filhos? Teoricamente sim, pois para uma criança o amor e atenção do pai vale muito mais que qualquer presente. Só que, muitas vezes, por trás da falta da renda há o desemprego, as dívidas, o medo do futuro. O pai sente um vazio dentro de si, uma sensação de impotência frente ao mundo, e conflitua-se.

Imagine-se uma criança vivendo neste mundo, principalmente vivendo neste seu dia. Quando disse, algumas linhas atrás, que com o tempo nos tornamos indiferentes às datas, concluo que tornamo-nos indiferentes a tudo a nossa volta, pois de alguma forma somos responsáveis pelo rumo que seguem as coisas. Ao viver em sociedade e aceitando o modelo que privilegia uns em detrimentos de outros, estamos fazendo com que mais crianças tenham menos motivos para comemorarem seu dia, e mais pais frustados por não conseguirem o mínimo para sua subsistência e de sua família.

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