Publicidade

Por Fábio Abreu

Todo mundo comenta o quanto você é criativo? Como suas ideias são inovadoras e interessantes? Como você tem facilidade em achar soluções para os problemas mais complicados? Pois bem, você tem tudo para ser publicitário.

Claro que não basta ser só criativo para exercer esta atividade, embora este item seja essencial. O curso superior não é fundamental para quem pretende seguir esta carreira, mas é claro que com ele, tudo fica mais fácil. Afinal, não é por nada que os cursos acadêmicos de Publicidade e Propaganda têm sido cada vez mais procurados.

O curso de P.P. (apelido carinhoso de Publicidade e Propaganda, para quem ainda não sabe) tem duração de quatro anos. Divide-se em cadeiras teóricas e práticas. Nos primeiros três semestres, o curso é básico, ou seja, você vai assistir aulas com turmas de Relações Públicas e Jornalismo. Isto porque estes três cursos fazem parte de uma mesma área: Comunicação Social.

Do currículo de Publicidade e Propaganda fazem parte disciplinas da área de sociologia, antropologia, psicologia, história, redação publicitária, produção gráfica, história da arte, mídia, planejamento de campanhas…

Ufa, faltou alguma coisa? Sim, e muito. Além das disciplinas relacionadas à área, é importante lembrar que o estudante de P.P. pode, e deve, complementar seus estudos acadêmicos com atividades extracurriculares.

E aí vale tudo: cursos de informática (aplicativos gráficos são muito importantes), cursos de língua estrangeira, leituras (Paulo Coelho também, não adianta chorar), cinema, teatro, televisão, (desde o excelente Roda Viva da TVE até o Ratinho e o Faustão).

Às vezes, uma ideia criativa para um anúncio surge de um programa de televisão, de uma conversa que se ouviu no ônibus, de uma cena no supermercado, de uma matéria lida na Contigo…

É bom lembrar, porém, que a área de atuação do profissional de P.P. não se restringe à criação de anúncios para veículos de comunicação. É possível atuar, entre outras alternativas, nas áreas de mídia, planejamento, produção gráfica, contato, arte-final etc. A própria área de criação se subdivide em redação, direção de arte e direção de criação.

Mas um aviso aos navegantes. O mercado de trabalho, hoje, está saturado. E aquela imagem do publicitário bem sucedido e usando gravatas coloridas (aqueles mesmos caras que vão dar entrevistas no Amaury Junior) está cada vez mais em desuso. Está cada vez mais difícil conseguir um lugar ao sol. Apenas os profissionais das maiores agências (que se resumem a cerca de duas dúzias, quase todas em São Paulo) ganham muita grana. Segundo o Guia Exame de Profissões, os salários variam de R$ 1.500 para recém-formados até R$ 12.500 para profissionais com quinze anos de carreira.

Mesmo assim, não há motivos para desilusões ou pessimismo. Afinal, o importante é trabalhar naquilo que se gosta (velho chavão, mas que ainda funciona). Aí, todas as dificuldades tornam-se fáceis de serem transpostas.

Se você estiver interessado em mais algumas dicas e descrições sobre a área de Publicidade e Propaganda, recomendo o livro “Tudo que você queria saber sobre Propaganda ninguém teve paciência para explicar”. Ele é bem amplo e trata um pouquinho de cada uma das áreas de atuação do publicitário.

E não se esqueça, qualquer dúvida ou questão mais específica a respeito de Publicidade e Propaganda, mande-nos um e-mail. Teremos o maior prazer em ajudá-lo.

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Fábio Abreu

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